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Padres da Igreja
Carta XV - São Jerônimo ao SS. Papa Dâmaso

Carta de São Jerônimo ao Papa Dâmaso (Carta XVI)
Tradução: Rafael Rodrigues

Esta carta, escrita poucos meses após a anterior, é outro recurso ao papa Dâmaso para resolver dúvidas do escritor. Jerônimo mais uma vez, refere-se ao seu batismo, em Roma, e declara que sua única resposta para as facções em Antioquia é, aquela que ele se agarra à cátedra de Pedro, aceita por ele. Escrita do deserto no ano 377 ou 378.

1. A mulher importuna no Evangelho mereceu longamente para ser ouvida, e, embora à meia-noite, a porta estando fechada, o amigo recebeu o pão do seu amigo. O Próprio Deus, que não pode ser superado por nenhum poder adverso, é conquistado pelas orações do publicano. A cidade de Nínive, que estava para ser destruída por seus pecados, foi salvo por sua oração. Porquê começar com esta longa lista? Para que a sua grandeza possa olhar para a minha pequenez, o rico pastor não despreze uma ovelha doente. Cristo trouxe o ladrão ao Paraíso na cruz, e assim, para que ninguém pensasse que o arrependimento pode vir tarde demais, a recompensa do assassinato foi transformada em um martírio. Alegremente que Cristo abraça o filho pródigo, quando ele retorna a Ele; e, deixando as noventa e nove, o bom pastor, leva para casa sobre os seus ombros a ovelha pobre que ficou. De perseguidor Paulo torna-se um pregador. Seus olhos corporais estão cegos para limpar os olhos de sua alma, e aquele que uma vez prendeu servos de Cristo em correntes perante o conselho dos judeus, viveu depois glória nos laços de Cristo

2.Eu, portanto, como eu escrevi antes, que recebi a veste de Cristo na cidade de Roma, agora estou morando na fronteira bárbara da Síria, e (que você não pense que eu recebi esta frase de outro) eu próprio decidi a minha própria punição. Mas, como o poeta gentio diz: Coelum non animum mutante qui currunt mare trans. Meu inimigo incessante tem perseguido os meus passos, para que eu tenha somente batalhas ferozes no deserto. Por um lado a tempestade furiosa dos arianos, apoiado pelos poderes do mundo. Por outro lado, a Igreja, dividida em três partes, tenta me agarrar. A autoridade dos antigos monges que habitam no entorno se levantou contra mim. Enquanto isso, eu clamo em alta voz: e alguém está unido à Cátedra de Pedro, ele é meu! Melécio, Vitalis e Paulino dizem que aderem a você. Se um deles afirmasse isso, eu poderia acreditar nele. Mas agora quer dois ou todos os três estão mentindo. Por isso peço a vossa Beatitude pela Cruz do Senhor, pela glória essencial da nossa fé, pela Paixão de Cristo, que é o sucessor dos Apóstolos em dignidade fosse o seu sucessor no mérito também. Que você possa julgar em um trono com os Doze, que outro cinja-vos como Pedro na velhice, que ganhe como Paulo a cidadania do céu, se você me disser por carta com quem eu devo me comunicar na Síria. Não despreze uma alma pela qual Cristo morreu.

Fonte: Ante-Nicene Fathers, Vol. 7. Revisado, editado e traduzido por Apologistas Católicos. Disponível em < http://newadvent.org/fathers/3001016.htm>

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