Este artigo é fragmento da obra "Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos." de autoria de Rafael Rodrigues, que será lançado nos próximos Meses.
Refutação da tentativa de resposta protestante aqui.
São Jerônimo viveu entre os séculos IV e V, e foi secretário do Papa Damaso, apedido deste começou a traduzir a Vulgata Latina (Tradução das escrituras do original para o Latim). Em 11 de dezembro de 384 o Papa Damaso morreu, então se mudou para Jerusalém onde fundou dois mosteiros e lá pôde continuar seu trabalho de tradução. (LIMA, 2007).
São Jerônimo é o Padre da Igreja mais freqüentemente usado pelos protestantes, para dizerem que os Pais negavam a inspiração dos deuterocanônicos. Sua atitude em relação a estes livros é realmente, a primeira vista, a mais dura entre os Padres, porém verificaremos agora qual o seu real pensamento em relação a estes livros. Vamos aos seus relatos:
“Este prefácio das para as escrituras [Samuel e Reis] podem servir como um ‘elmo’ introdutório para todos os livros os nos possamos ter certeza de que aqueles que não são encontrados em nossa lista devem ser colocados entre os escritos apócrifos. Sabedoria, o Livro de Sirac, e Judite, e Tobias e o Pastor não são canônicos. O primeiro livro de Macabeus eu encontrei em hebraico, o segundo em grego, como pode ser demonstrado de alto estilo” (JERÔNIMO, 430)
Outro:
“Nós temos o autêntico livro de Jesus, Filho de Sirac [Eclesiástico], e outro trabalho pseudo-epígrafo, intitulado Sabedoria de Salomão. Eu encontrei o primeiro no hebraico, com o título, ‘parábolas’, não eclesiástico como nas versões latinas [...] O segundo de forma alguma se encontra nos textos hebraicos, e seu estilo aproxima-se de eloqüência grega: um número de escritores antigos afirma que é um trabalho do Judeu Fílon. Conseqüentemente, apenas como a Igreja lê Tobias, e os livros dos Macabeus, mas não são admitidos no cânon das Escrituras; a Igreja permite que estes 2 volumes sejam lidos, para a edificação das pessoas, não para darem suporte à autoridade das doutrinas eclesiásticas”
Constata-se aqui, mais uma vez, que a Igreja da palestina não rejeitava estes livros, ou os tinha como heréticos, assim como os protestantes acusam, mas os tinha como de serventia para a “edificação das pessoas”, logo vemos que desde sempre estes livros estavam em posse da Igreja e amplamente usados.
Olhando de cara, São Jerônimo diz especificamente que os deuterocanônicos não estão contidos no cânon das Escrituras, e até diz que eles não devem ser usados para a doutrina. O mesmo caso de Orígenes e de Atanásio não se aplica a ele, pois aqui menciona claramente que não são usados para a doutrina, logo não estava fazendo nenhuma recomendação ou falando liturgicamente. De todos os Padres, ele tem a visão mais “negativa” dos deuterocanônicos, como é visto suas em declarações. No entanto, se formos ver na prática tempo depois de ter feitos essas declarações, São Jerônimo cita todos esses livros, que ele negou a canonicidade, como Escritura, e os mantém no mesmo nível de inspiração dos outros. Procuramos em suas obras, a que tivemos acesso, e encontramos diversas vezes ele se referindo aos deuterocanônicos como inspirados e faz menção a eles cerca de 55 vezes.
Perceba o leitor que ele não coloca o livro de Baruc entre os não canônicos, logo significa que ele aceitava a inspiração de Baruc. Disse que Judite não era canônico, porém mais tarde ele mesmo vem reconhecer como canônico como podemos ler em seu relato:
“Entre os hebreus do livro de Judite é encontrada entre os Hagiógrafos, a autoridade do qual para confirmar aqueles que entram em disputa é julgado menos apropriado. No entanto, tendo sido escrito em Língua caldéia, ele é contado entre as histórias. Mas porque este livro é encontrado, pelo Concílio de Nicéia, sendo contados entre o número das Sagradas Escrituras, tenho concordado com o seu pedido, de fato uma ordem, e trabalhando tendo sido posto de lado a partir do qual eu estava com força reduzida, dei a este (livro) uma curta noite de trabalho, traduzindo mais sentido do sentido do que a palavra da palavra. [...] Receba a viúva Judite, um exemplo de castidade, e declare honra triunfal com louvores perpétuos a ela.[...]” (Prólogo do livro de Judite).
Ou seja, ele reconhece o canonicidade de Judite devido uma promulgação do Concílio de Nicéia, tal citação não foi preservada nos cânones, cartas ou atas do concílio, só tomamos conhecimento disto através de Jerônimo. Portanto podemos ver, até agora, que ele aceitava Judite e Baruc como canônicos. Vejamos agora os que ele fala sobre os acréscimos de Daniel:
“Livro II, 33. Em Referencia a Daniel minha resposta será que eu não disse que ele não era profeta; ao contrário eu confesso, no próprio início do prefácio, que ele era um profeta. Mas eu desejei mostrar qual era a opinião sustentadas pelos Judeus; e quais eram os argumentos que eles usavam para provar. Eu também disse ao leitor que a versão lidas nas Igrejas Cristãs não era a da septuaginta mas a se Teodocião. É verdade, Eu disse que a versão da septuaginta era neste livro muito diferente do original, e que foi condenada pelo justo julgamento das Igrejas de Cristo; Mas o erro não foi meu que relatei o fato, mas daqueles que lêem a versão. Nós temos 4 versões para escolher: aquelas de Áquila, Simáco, Septuaginta, e Teodocião. As Igrejas escolheram ler Daniel na versão de Teodocião. Que pecado eu cometi se segue o julgamento das igrejas? Mas quando eu repeti o que os judeus dizem contra história de Susana, o hino dos 3 Jovens, e a estória de Bel e o Dragão, que não estão contidos na bíblia hebraica, o homem que fez esta acusação contra mim prova que ele mesmo é um tolo e um caluniador. Pois eu expliquei não o que eu pensava, mas o que eles comumente diziam contra nós. Eu não refutei a opinião deles no prefácio por que eu sendo breve, e cuidadoso para não parecer que eu não estava escrevendo um prefácio e sim um livro. Eu disse, portanto, ‘aqui não agora não é o momento para entrar em discussão sobre isto.’” (JERONIMO, 420)
Veja que ele aqui aceita a canonicidade dos acréscimos de Daniel, diz que as acusações não são suas, mas dos judeus:
“Pois eu não relatei o que eu pensava, mas o que eles comumente diziam contra nós.”.
Ele também mostra que não quis refutar os judeus para seu prefácio não ficar grande:
“Eu não refutei a opinião deles no prefácio por que eu sendo breve, e cuidadoso […] Eu disse portanto, ‘aqui não agora não é o momento de entrar em discussão sobre isto.’”.
Até Aqui constatamos, portanto, que São Jerônimo aceitava como canônicos Judite, Baruc, e os acréscimos de Daniel e Ester.
Vejamos o que diz sobre Eclesiástico:
“A Escritura não diz: ‘não te sobrecarregue acima do teu poder’? (Eclesiástico 13, 2)” (A Eustóquio, Epístola CVIII)
São Jerônimo chama o livro do Eclesiástico, que ele mesmo havia dito como não canônico, de Escritura. Assim, na prática, para apoiar a doutrina, ele o chama de Escritura. Esta citação, mesmo se não houvesse outras citações dele dos deuterocanônicos, já mostra que a sua visão sobre o que é e o que não é Escritura, não pode ser vista somente a partir de citações mais antigas.
“Não, meu querido irmão, estime meu valor pelo número de meus anos. Cabelos brancos não são sabedoria, é sabedoria, que é tão boa quanto os cabelos brancos Pelo menos é isso que Salomão diz: ‘a sabedoria que faz as vezes dos cabelos brancos’ (Sabedoria 4, 9). Moisés também na escolha dos setenta anciãos disse para tirar aqueles a quem ele sabia que eram anciãos de fato, que não para selecionar-los por seus anos, mas por sua discrição (Números 11, 16) E, como um menino, Daniel, julgou os homens de idade e na flor da juventude condenou a incontinência da idade (Daniel 13, 55-59)” (A Paulino, Epístola 58).
Aqui São Jerônimo mescla o uso do Livro da Sabedoria com o escrito de Moisés. Depois de se referir a Moisés, ele também se refere à história de Susanna para estabelecer um ponto. Ele não faz distinção, na prática, dos escritos de Moisés dos dois livros deuterocanônicos.
“Gostaria de citar as palavras do salmista: ‘os sacrifícios de Deus são um espírito quebrado’, (Salmos 51, 17) e o de Ezequiel ‘Eu prefiro o arrependimento de um pecador ao invés de sua morte’, (Ezequiel 18, 23) e as de Baruc, ‘Levanta-te, levanta-te, ó Jerusalém’ (Baruc 5, 5) e muitos outras proclamações feitas pelas trombetas dos profetas.” (A Oceanus, Epístola 77, 4).
Observe como Jerônimo não faz distinção alguma entre o salmista, Ezequiel e Baruc. Eles são todos Inspirados, Palavras de Deus. Além disso contrariamente ao que os protestantes dizem, que os deuterocanônicos não tinham profetas, Jerônimo chama Baruc de profeta. De acordo com Jerônimo, Baruc, portanto, com autoridade falou da Palavra de Deus. Ele usa Baruc em conjunto com esses profetas para provar que Davi no Salmo 51 está correto.
“ainda a nossa alegria não se deve esquecer o limite definido pela Escritura, e não devemos ficar muito longe da fronteira da nossa luta. Seus presentes, de fato, lembram me dos livros sagrados, pois nele Ezequiel adorna Jerusalém com braceletes, (Ezequiel 16, 11) Baruc recebe cartas de Jeremias (Baruc 6) e o Espírito Santo desce na forma de uma pomba no batismo de Cristo (Mateus. 3, 16)” (A Eustóquio, Epístola XXXI, 2 ).
Observe que São Jerônimo cita em referência às Escrituras, os Livros Sagrado. Em seguida, ele menciona três passagens de Ezequiel, Baruc e Mateus. Agora, São Jerônimo aqui se refere às cartas (plural) de Jeremias a Baruc, uma vez em Jeremias 36, e outra vez em Baruc 6. Assim, para Jerônimo, Baruc é claramente Escritura, e ele é um dos autores do Volume Sagrado, a Bíblia.
“Como nas boas obras é Deus quem lhes traz a perfeição, pois não é do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece e dá-nos ajuda para que possamos ser capazes de alcançar a meta: então em coisas ímpias e pecadoras, as sementes dentro de nós dão o impulso, e estes são trazidos à maturidade pelo demônio. Quando ele vê que estamos construindo sobre o fundamento de Cristo com feno, madeira, palha, então ele se aplica no jogo. Vamos, então, construir com ouro, prata, pedras preciosas, e ele não vai se aventurar a tentar-nos: apesar de mesmo assim não há certeza e posse segura. Pois o leão espreita a emboscada para matar os inocentes. ‘ Os vasos do oleiro são provados pela fornalha, e os homens justos, pelo julgamento da tribulação’ (Eclesiástico 27, 5). E em outro lugar está escrito: ‘Meu filho, quando tu vires a servir ao Senhor, prepara-te para a tentação.’ (Eclesiástico 2, 1) Novamente, o mesmo Tiago diz: ‘Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla seu rosto natural no espelho, pois ele contempla a si mesmo, e vai embora, e logo se esquece que tipo de homem ele era’ .(Tiago 3, 22). Seria inútil avisá-los para adicionar obras a fé, se não pudessem pecar depois do batismo.” (Contra Joviniano, Livro 2, 3)
Como vimos, “Está escrito” é uma frase que ambos os autores das Escrituras, e os Padres da Igreja usam apenas em referência às Escrituras. Jerônimo usa a frase identificando a citação como Escritura, e a mesma vem do livro do Eclesiástico. Assim, Eclesiástico é Escritura. Ele então cita Tiago alternadamente e o põe ao mesmo nível de autoridade do Eclesiástico.
“No entanto, o Espírito Santo no trigésimo nono Salmo, enquanto lamentando que todo homem anda numa vã aparência, e que eles estão sujeitos aos pecados, fala assim: ‘Porque todo homem anda à imagem’ (Salmo 39, 6). Também após o tempo de Davi, no reinado de seu filho Salomão, lemos uma referência um tanto similar à semelhança divina. Pois no livro da Sabedoria, que está escrito com o nome dele, Salomão diz:. ‘Deus criou o homem para ser imortal, e o fez ser uma imagem de sua própria eternidade.’ (Sabedoria 2, 23) e mais uma vez, cerca de mil cento e onze anos depois, lemos no Novo Testamento que os homens não perderam a imagem de Deus. Pois Tiago, um apóstolo e irmão do Senhor, que eu mencionei acima - que não podemos ser enredado nas armadilhas de Orígenes - nos ensina que o homem possui a imagem e semelhança de Deus. Pois, depois de um breve discurso sobre a língua humana, ele passou a dizer dela: ‘É um mal incontrolável ... Com ela bendizemos a Deus, o Pai e com ela amaldiçoamos os homens, que são feitos à semelhança de Deus.’ (Tiago 3, 8-9) Paulo, também, o ‘vaso escolhido’ (Atos 9, 15), que em sua pregação foi totalmente mantida a doutrina do evangelho, nos instrui que o homem é feito à imagem e à semelhança de Deus. ‘Um homem’, diz ele, ‘não devem usar cabelos longos, porquanto ele é a imagem e glória de Deus.’ (I Cor. 11, 7). Ele fala da ‘imagem simplesmente’, mas explica a natureza da semelhança com a palavra ‘glória’.
Em vez de três provas da Sagrada Escritura que você disse que iria satisfazê-lo se eu pudesse dá-las, eis que eu te dei sete ...” (Carta LI, 6-7).
O próprio Jerônimo que havia escrito que o deuterocanônicos não eram utilizados para estabelecer doutrina, aqui em um contexto mais amplo falando de como somos feitos à imagem de Deus, prova uma doutrina e usa especificamente o Livro da Sabedoria para estabelece-la. São Jerônimo não faz distinções entre os outros livros bíblicos, que ele usa para falar sobre a doutrina, e o Livro da Sabedoria. Pra ele o livro foi uma das sete provas das Escrituras para estabelecer o significado da imagem de Deus.
“Seu argumento é engenhoso, mas você não vê que é contra a Sagrada Escritura, que declara que, mesmo a ignorância não é sem pecado. Por isso, foi que Jó ofereceu sacrifícios por seus filhos, teste, por acaso, eles tinham involuntariamente pecado em pensamento. E se, quando se está cortando madeira, a cabeça de machado salta do punho e mata um homem, o proprietário é ordenado a ir para uma das cidades de refúgio e ficar lá até o sumo sacerdote morrer (Num. 35, 8); isto é, até que ele ser redimido pelo sangue do Salvador, seja no batistério, ou em penitência que é uma cópia da graça do batismo, através da inefável misericórdia do Salvador, que não quer ninguém pereça (Ezequiel 18, 23), nem se deleita na morte dos pecadores, mas sim que eles se convertam e vivam. [...]
Você espera que eu explique os objetivos e planos de Deus? O Livro da Sabedoria dá uma resposta à sua pergunta tola: “Não olhe para as coisas acima de ti, e não procure coisas fortes demais para ti’ (Eclesiástico 3, 21). E em outro lugar ‘Não te faça exageradamente sábio, e não argumente mais do que é necessário.’(Eclesiastes 7, 16) E no mesmo lugar ‘em sabedoria e simplicidade de coração busca a Deus.’ Você talvez negará a autoridade deste livro […]” (Contra os Pelagianos, Livro I, 33)
Note, no início do seu depoimento, ele fala como ele vai provar o erro do pelagiano usando as Escrituras, então ele dá uma série de versículos para provar a loucura de seu oponente. Parte desses versículos dos quais ele faz uso para provar o seu ponto de vista é do livro do Eclesiástico. O livro do Eclesiástico, de acordo com Jerônimo, explica o plano e propósito de Deus, que refuta doutrina de seus adversários. Na verdade, embora ele diga que é a citação é da Sabedoria, na verdade é de Eclesiástico 3, 21, ou seja ele está se referindo ao livro como Sabedoria de Sirac, como também é conhecido o livro de Eclesiástico. Assim, o livro faz parte das Escrituras aos olhos de Jerônimo, são citados por ele para provar doutrina, e refutar uma pergunta tola. Ele diz que talvez o seu adversário vá negar a autoridade do livro, mas não ele mesmo. Assim, ele afirma sua autoridade.
“E os provérbios de Salomão nos dizem que como ‘O vento norte traz chuva, e a língua fingida, o rosto irado.’ (Provérbios. 25, 23) Às vezes acontece que uma flecha quando é dirigida a um objeto duro ricocheteia sobre o arqueiro, ferindo o atirado, e assim, as palavras são cumpridas ‘viraram-se como um arco enganador’ (Salmo 78, 57) e em outra passagem: ‘aquele que lança uma pedra ao alto, lança-a sobre sua própria cabeça’(Eclesiástico 27, 25)” (A Rusticus, Epístola 125, 19)
Aqui Jerônimo diz que as “palavras são cumpridas”, quais são as palavras que são cumpridas? Ele cita dois versículos, primeiro, o Salmo, em seguida, Eclesiástico. Se Eclesiástico fosse de um status inferior não faria sentido a frase Jerônimo dessa forma. Ele usa o termo, “outra passagem” em referência a Eclesiástico que confirma o mesmo ponto de vista, tornando assim o livro de nível equivalente de autoridade aos Salmos.
As passagens acima são claróssimas e referências explícitas aos livros deuterocaônicos, os quais, sem dúvida, Jerônimo considera como Escritura e os mostra-claramente como inspirados.
Existem outras referências a eles, onde ele não diz explicitamente: “Está escrito”, “A Escritura diz” ou “o Profeta diz”, porém, sem dúvida, define estes livros como Escrituras como ele fez nos exemplos anteriores. Na maioria dos tratamentos das passagens, se é Êxodo, Números, ou Eclesiástico, ele apenas dá a citação sem dizer explicitamente que é Escritura, assim como mencionado com outros padres. Ele assume que essas passagens são Inspiradas, sem necessariamente dizer os indicadores de autoridade, como as passagens já vistas nos mostram. Na verdade na maioria das citações dos Padres a respeito das escrituras, eles apenas as citam para apoiar o seu ponto de vista, sem fazer essa marca identificável. Assim, as passagens abaixo mostram que ele trata esses livros na prática da mesma forma que trata os livros protocanônicos, dando-lhes status equivalente e identificando-os como Escritura, embora de forma menos explícita:
“Deixe-me chamar em meu auxílio o exemplo dos três Jovens que, em meio ao fogo, fresco de cerco, cantava hinos, (Daniel 3, 14-94 ) em vez de chorar, e em torno daqueles turbantes e cabelos santos as chamas jogado sem causar danos. Deixe-me lembrar, também, a história do abençoado Daniel, em cuja presença, embora fosse sua presa natural, os leões agachados, com caudas abanando e bocas assustadas. (Daniel 6). Deixe Susanna também subir na nobreza de sua fé ante os pensamentos de todos, que, depois de ter sido condenada por uma sentença injusta, foi salva por um jovem inspirado pelo Espírito Santo (Daniel 13, 45). Em ambos os casos a misericórdia do Senhor foi também mostrada, por enquanto Susanna foi libertada pelo juiz, de modo a não morrer pela espada, essa mulher, embora condenada pelo juiz, foi absolvida pela espada.” (Carta I, 9)
“Essas coisas,queridafilha emCristo, eu te impressionoe freqüentementerepito,que você pode esqueceras coisas queestão para tráse chegar-vos as coisas queestão diante(Filipenses3, 12).Você temviúvas, como você dignas de serem modelos,Juditede renome na história hebraica(Judite13) eAna, filha de Fanuel(Lucas2),famosano evangelho. Ambas Tanto de dia comode noiteviviamno templo epreservadoo tesouro desua castidadepela oração epelo jejum. Uma delas era tipoa Igreja, quecortaa cabeçado diabo(Judite13, 8)e a outro primeiro recebeunos braçoso Salvador domundo elhe foi reveladoos santos mistériosque estavampor vir (Lucas 2 , 36-38).” (A Salvina, Carta 79, 10).
Agora um relato de São Jerônimo sobre o Novo testamento a Dardano, o prefeito da Gália:
“Isto deve ser dito a nosso respeito que aquela epístola que é intitulada ‘aos Hebreus’ é aceita como do apóstolo Paulo não somente pelas igrejas dos leste mas por todos os escritores da Igreja de língua grega dos tempos mais remotos, embora muitos a julguem para ser de Barnabé ou de Clemente. Agora não é importante quem é o autor, uma vez que é um trabalho de um homem da Igreja e recebido reconhecidamente dia a dia na leitura pública das Igrejas. Se o costume dos Latinos não o recebe entre as escrituras, de outro modo pela mesma liberdade, fazem as igrejas dos gregos ao aceitarem o apocalipse de João. Contudo nós aceitamos ambos, não seguindo o costume presente, mas dos escritores primitivos, que geralmente fizeram livre uso dos testemunhos de ambos os trabalhos. E isto eles fizeram, não querendo na ocasião citar escritos apócrifos, como fizeram usar exemplos da literatura pagã, as tratando-os como canônicos e eclesiásticos” (JERÔNIMO, 420)
Percebemos que nem o antigo testamento, nem mesmo o novo testamento, São Jerônimo cita a lista completa, pois havia ainda divergências quando a canonicidade de alguns livros como é no caso de Hebreus e Apocalipse, que a Igreja ainda não tinha dados como certos, dessa liberdade, portanto, vem a sentença de São Jerônimo a respeito de alguns deuterocanônicos, isso não significa que ele os repudiava, mas preferia ver o julgamento da Igreja a respeito. (LIMA, 2007).
Em suma, Jerônimo chama os deuterocanônicos de Escrituras. As provas que ele dá para provar doutrinas e em debates com hereges várias vezes vem dos deuterocanônicos. Ele chama Baruc de profeta, da mesma forma que Ezequiel. Ele cita Sabedoria e Eclesiástico e dá-lhe a mesma autoridade que os outros livros e reclama que seu oponente irá negar a autoridade desses livros. Suas referências às partes deuterocanônicas de Daniel, incluindo Susanna, Bel e o Dragão, são em apoio a doutrina.
Mostramos, portanto, que Jerônimo refere-se a cada um dos livros deuterocanônicos como Inspirados e faz largo uso deles. Isto inclui Eclesiástico, Sabedoria, II Macabeus, Tobias, Ester, Baruc, e até mesmo as porções deuterocanônicas de Daniel, incluindo Susana, Bel e o Dragão e o Cântico dos Três Jovens, tratando cada um desses livros com a mesma autoridade que os outros livros protocanônicos. Assim, o maior suposto “detrator” dos Deuterocanônicos, tratou-os como inspirados e extraiu doutrinas e ensinamentos deles, contrariando toda a crítica protestante.
PARA CITAR
Rodrigues, Rafael. São Jerônimo Rejeitou os deuterocaônicos?; Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/deuterocanonicos/503-sao-jeronimo-rejeitou-os-deuterocanonicos>. Desde: 03/03/2012.
Dessas 4 acusações que os caros leitores vão ver agora, 3 foram extraídas de alguns vídeos que andam circulando ai pela internet chamados de”A ‘Verdade’ Oculta”, que é propagado por um senhor, chamado Rubens, que está “desvendando” os segredos dos Illuminatis, da maçonaria e de toda a conspiração mundial.
Em seus vídeos, como não poderia faltar para um bom protestante, sempre tem que ter uma acusação contra Igreja Católica, mesmo que essa seja uma mentira. Passando bem longe da lógica racional e da verdadeira face histórica, o Sr. Rubens tem arrastado vários protestantes para dentro do seu falso grupo e os iludidos com falsas histórias sobre o ocultismo. Ele já abandonou sua “Igreja” (Assembléia de Deus) por dizer que ela tem ligação com a maçonaria, e hoje,este cidadão, está criando tipo uma seita sem denominação, onde, "eu" vivo só, não vou a nenhuma Igreja/templo, não sou pastoreado por ninguém, descubro a verdade sozinho e interpreto a bíblia do jeito que eu bem entender, os templos protestantes pra ele tem que ser a frente de um computador. Segundo ele a Santa Ceia é cerimônia pagã do Mitraísmo (contrariando as instituições de Jesus em sua despedida); Não podemos ter templos, pois templos são coisas de deuses pagãos (contradizendo o próprio Deus que mandou fazer templos e etc.) e por ai vai uma inúmera lista alienações e coisas totalmente fundamentalistas irracionais.
Feitos estes comentários, vamos refutar o conteúdo dos vídeos que atacam a Tradição Católica:
1º Vamos analisar a foto abaixo:
Obelisco no meio da praça de são Pedro, diz ele que a Igreja católica colocou no meio da praça para homenagear Baal, pois obelisco é o símbolo do pênis de Baal (deus pagão) que simboliza a fecundidade.
Agora vamos a refutação e prova bíblica:
O obelisco (estela, ou ainda pilar sagrado), tem seu primeiro uso atestado na bíblia emGn 28,17-18, sendo usada por Jacó:
“17. E, cheio de pavor, ajuntou: ‘Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus; é aqui, a porta do céu. ’ 18 Levantando-se de madrugada, tomou a pedra que lhe servira de travesseiro, ergueu-a como uma estela e derramou óleo sobre seu topo.”
Essa pedra localiza a presença divina. Ela se torna uma bêt El, uma “casa de Deus”, o que explica o nome “Betel”, e recebe unção de óleo, como ato cultual. Aqui mesmo, à idéia de morada divina sobre a terra se justapõe a noção mais espiritual: Betel é a “porta do céu”, onde Deus reside (Cf. Rs 8, 27)
Segundo alguns ela é de origem Cananéia, era uma pedra colocada de pé por chefes em recordação de façanhas. Embora de origem profana, podia ser colocada em santuários e acabava assumindo a finalidade religiosa, como vimos anteriormente, de localizar a presença divina. Mais tarde, para combater os costumes pagãos, o seu uso foi condenado pela lei e pelos profetas (Ex 23,24; Lv 26,1; Dt 7,5; 16,22; cf. 2Cr 14,2). Pois obelisco era um monumento de homenagem geralmente a deuses(2 Cr 34:4). Proibido na Bíblia nesta intenção, mas aceito se for ao Senhor. (Gn 28,17-18)
Jacó colocou no Tumulo de sua esposa:
Genesis 35, 20. Jacó erigiu uma estela sobre seu túmulo; é a estela do túmulo de Raquel, que ainda hoje existe.
Moisés faz 12 obeliscos:
Exodo 24, 4. E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. No dia seguinte, de manhã, edificou um altar ao pé da montanha e levantou doze estelas para as doze tribos de Israel.
Acaso Moises e Jacó estavam homenageando deuses pagãos?
Origem do Obelisco do vaticano:
O Obelisco do Vaticano é do século I. Foi trazido a Roma no reinado de Calígula. Em 1585, o Papa Xisto V mandou colocar no local atual para marcar o local que era o circo de Nero, onde São Pedro foi morto por amor a Jesus. Desde esse ano o obelisco possui no topo pedaços originais da cruz de Cristo e uma cruz foi modelada no tempo de João Paulo II, ajuntada o topo, cumprindo a profecia de que no Egito (terra pagã, antiga Roma), o Senhor iria prevalecer:
“Naquele tempo, haverá um altar erguido ao Senhor, em pleno Egito, e, em suas fronteiras, um obelisco dedicado ao Senhor.” Isaías 19,19
2º Vejam a foto:
Cruz vergada (que os Papas usam) dizem que é um símbolo satanista do século VI, apresenta um Cristo fraco e desnutrido.
Refutação:
Não mostram prova alguma de que a cruz vergada fosse de fato símbolo satânico. No entanto, isso é o de menos, porque na bruxaria também se usa a cruz sem cristo, normal, como muitos cristãos usam. Só que para eles tem outro significado outra intenção.
A cruz está vergada porque ninguém sabe como de fato era a cruz de Cristo. Muitas eram feitas de troncos sem tratamento algum de modelação. O que dava às cruzes o formato vergado, torto.
A cruz foi feita por um escultor comunista, Manzu, e adotada por Paulo VI.
O máximo que se pode dizer dela é que é de mau gosto, pois mostra Cristo um pouco fraco, mas que de nenhuma forma tira a autenticidade da Morte e Ressurreição de nosso Senhor!
3º Olhem a Foto:
A Mitra dos Bispos e Papas dizem que é uma homenagem a Dagom, um deus peixe, pois de lado pareci a boca de um peixe aberta como, segundo eles os sacerdotes de Dagom também usavam !
Refutação, com provas bíblicas e históricas:
A mitra usada pelo bispo simboliza um capacete de defesa que deve tornar o prelado terrível aos adversários da verdade. Por isso, apenas aos bispos, salvo por especial delegação, cabe a imposição do Espírito Santo no sacramento do Crisma ou Confirmação.
Na figura que exibem dos sacerdotes de Dagom, aparecem também a água benta aspergida, e sacrifícios de animais. Além de um castiçal. A aspersão de água e sacrifícios de animais também haviam no ritual judaico segundo a ordem de Deus, e uso de castiçais (Nm 8:7; Gn 46:1). Muitos símbolos, rituais e objetos do AT e NT eram parecidos aos do paganismo. O que vale é a intenção o contexto.
Sobre as vestes sacerdotais, até a meia bíblia de João Ferreira, que os protestantes usam, diz o seguinte: “Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal. “(Ex 28,4) … para que não levem iniqüidade e morram; isto será estatuto perpétuo para ele e para a sua semente depois dele.” (Ex 28,43).
Notem que o éfode falado ai, também era tido com uma divindade ou uma estátua de um ídolo (cf. Jz 8,27; 17,5) e nem por isso os sacerdotes Judeus eram considerados hereges ou satanistas, o que importa é a intenção para que isto é usado.
Mesmo que a aparência da Mitra do Papa e bispos pareça propositalmente com um peixe (o que tudo indica ter começado no Clero da Ilha de Creta), está se referindo ao fato de que no século I e II o peixe era símbolo de Cristo, símbolo dos cristãos. Verdadeiro Deus e Sacerdote, simbolizado também por um peixe nos primeiros séculos de Cristianismo!
Qualquer “caboco” que tenha feito um seminário e estudado teologia e o mínimo de grego, sabe que o peixe era usado pelos primeiros cristãos simbolizando Cristo, pois peixe em grego significava uma sigla para denominar quem era Cristo veja:
IXTUS = PEIXE
I = Iesous (Jesus)
X= Xristos (Cristo)
T= Theou (Deus)
U= Uiós (filho)
S= Soter (Salvador)
Iesous Xristos, Theou Uiós, Soter = Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.
E também Mitra sempre vem um símbolo cristão… Cordeiro, cruz e etc.
Leia mais Cristo como peixe:
http://www.capuchinhos.org/siteantigo/porciuncula/simbolos/peixe.htm
Agora só uma coisa para refrescar a mente dos protestantes que saem por ai propagando essas mentiras, vocês esquecem que as igrejas protestantes também usam o peixinho, especialmente a Igreja Batista? Vejam a foto :
Já viram isso em algum carro ou em alguma revista ou capa de bíblia evangélica?
Mais do que provado que a mitra não tem nada haver com paganismo!
4º Voltem e olhem a primeira foto do obelisco e notem uma circunferência em volta dele:
O circulo no meio da praça do vaticano com o obelisco no meio é dividido em 8 pedaços, dizem que são as 8 etapas da iluminação de seitas satanistas!
Refutação e prova histórica:
O círculo lembra o famoso e antigo circo de Nero, onde os cristãos também eram martirizados. O Obelisco lembra e simboliza que dentro deste circo (círculo), São Pedro foi morto por Nero. Na época que o império romano perseguia os cristãos eles eram mortos nos circos e amarrados a obeliscos onde as feras os devoravam.
Vejam como era o circo de Nero:
Precisa dizer mais alguma coisa?
Como vimos aqui essas e outras muitas são as práticas Cristãs que se assemelham ao paganismo, mas que de modo nenhum se referem a ele, o importante é o que temos em nossos corações o sentimento que estamos adorando o verdadeiro Deus. Não é nenhum delírio protestante ou seja lá de quem for, que vai mudar a realidade já criada a mais de 2000 anos, e que o próprio Deus instituiu.
Essas pessoas têm a mania de serem “desvendadoras” da “verdade”, só que por sua loucura egoísta acabam por criar mentiras que confundem mais a mente das pessoas do que mostram a “verdade”.
Por isso Estudemos para não sermos enganados por essas bizarrices heréticas propagadas por ai!
Para citar:
RODRIGUES, Rafael; Refutanto mentiras sobre o paganismo na Igreja. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/protestantismo/502-refutanto-mentiras-sobre-o-paganismo-na-igreja> . Desde 02/03/2012
A seguinte lista é uma síntese das principais seitas que funcionam na América Latina. É importante que os pais com os filhos adolescentes conheçam a origem e as características de alguns grupos totalitários. Não são os únicos. Lembremos que na região funcionam grupos sectários sumamente destrutivos e outros simplesmente que margeiam o mundo do sectário, o que chamamos grupos de risco.
Ananda Marga
Ananda Marga (Caminho da Felicidade Perfeita) é um grupo de origem hindu fundado em 1955 por Prabhat Ranjan Sarkar, conhecido por seus seguidores como Baba (deus). A doutrina está baseada no tantrismo e o yoga. Seu doutrinamento se realiza em sessões de meditação e lições de filosofia hindu.
O grupo se apresenta no Ocidente como espiritual e pacifico, mas sua história na Índia é controversa. Na década de sessenta organiza motins e atentados políticos e em 1970 o governo decide proibi-los e deter a Baba, responsabilizado por vários assassinatos. Em junho de 1975, Indira Gandhi decreta a total expulsão da organização.
Ananda Marga e mas de mil e quinhentos membros são encarcerados. Um ano depois um grupo de seguidores como protesto porque seu líder está preso se suicidam ao bonzo em praças públicas.
Bhagwan Rajneesh (Osho)
Rajneesh Chandra Mohan nasceu na Índia em 1931. Fundou seu primeiro ashram em 1969 teve seu momento de auge até o fim da década de setenta e princípios dos oitenta quando instalou a sede principal nos Estados Unidos. Sua doutrina se baseia no yoga tântrico e foi conhecido como o ‘guru do sexo’.
Os adeptos são captados através de cursos terapêuticos ou de meditação e hoje tiveram um ressurgimento através de terapias vinculadas à Nova Era. Nas terapias de grupo são utilizadas técnicas de hipervintilação, música e gritos que levam à ruptura emocional do adepto.
Em 1983, o governo dos Estados Unidos começou a investigar as denúncias de padres e ex-adeptos, detendo-o e expulsando do país. Os fiscais norte-americanos encontraram no ashram, que tinha estabelecido no estado de Oregon, que o guru, apóstolo da paz e do amor, possuía seu próprio exército particular.
Rajneesh faleceu na Índia em 1990.
Igreja da Cienciologia
A Igreja da Cienciologia, também conhecida como Dianética, está considerada pelos investigadores como um dos grupos mais destrutivos do mundo sectário. Seu fundador foi o norte-americano Ronald Hubbard um ex-oficial da marinha e escritor de ficção científica.
Dianética se apresenta como “uma ciência exata do pensamento que funciona sempre, invariavelmente, e não às vezes como as curas pela fé ou as terapias tradicionais. Dianética é a única Rota de Saúde para a humanidade”.
Os adeptos são captados quando lhes é oferecido cursos e testes gratuitos. Nas sessões, chamadas ‘audições’ são ajudados a superar suas falhas espirituais que os levaram ao sofrimento. A maioria dos adeptos termina dependendo psicologicamente do grupo e entregando seu dinheiro.
Este grupo foi denunciado por vários governos europeus e nos Estados Unidos o FBI desmascarou suas atividades.
Escolas do quarto caminho
As escolas do Quarto Caminho, ou agrupamentos de denominação similar, se baseiam nos ensinamentos de um mestre esotérico de origem russa chamado George Gurdjieff e seu discípulo Ouspensky.
Gurdjieff expressa a idéia de que os seres humanos, com raras exceções, vivem em um estado análogo ao do sonho.
Para superar este estado sonolento deve-se despertar acordando-se de si mesmo. Para isso utiliza diversos exercícios (superesforço, training psicológico, movimentos rítmicos, danças rituais, tarefas que o mestre ordena).
Por sua parte Ouspensky expressava que a única saída que o homem tinha era através das Escolas e os ensinamentos do mestre e nessa evolução o discípulo podia se elevar e tomar consciência até chagar a N7 , a escala mais alta para um homem.
Grupos espiritas
A origem deste movimento remonta-se ao lar das irmãs Fox, que em 1848 expressaram que se comunicavam com os espíritos dos mortos. Mas a grande figura que dará transcendência a esta corrente foi Allan Kardec, que publicou importantes livros como O livro dos Espíritos e o Evangelho segundo o Espiritismo.
A doutrina expressa que a pessoa consta de três elementos: o corpo material, a alma ou se imaterial e um cordão que une aos dois e que pode ser visto nas sessões espiritas através dos médiuns.
Grupos gnósticos
Os gnósticos perseguem a libertação da consciência, como o instrumento que nos permite investigar a realidade dos mundos superiores.
Este movimento nasceu no século II de nossa era e produziu o primeiro confronto importante dentro da doutrina cristã. Os gnósticos afirmam que Jesus Cristo ensinou duas doutrinas: uma para o mundo comum e outra para os discípulos. Foram expulsos da Igreja, logo após um encarniçado debate.
O gnosticismo contemporâneo nasce na Colômbia quando Samuel Aun Weor, funda o Movimento Cristão Gnóstico Universal em 1950. Este líder expressava em um de seus livros que: “A Igreja gnóstica é a Igreja invisível de Jesus Cristo. Para ver esta Igreja há que se viajar em corpo astral e somente nosso movimento pode ensinar esse segredo”.
O estudo dentro do gnosticismo dura aproximadamente quatro anos e neles é ensinado filosofia, arte, religião e ciência, tudo deste uma óptica esotérica.
Hare Krishna
O hindu Abhay Charan De, mais conhecido como Bhaktivedanta Swami Prabhupada fundou a Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna em 1965. A Doutrina está baseada na filosofia advaita e os preceitos do guru. Sua norma central baseia-se em cantar um mantra: hare krishna, hare krishna, krishna, krishna, hare, hare, hare rama, hare rama, rama, rama, hare, hare, um mínimo de 1728 vezes por dia, e praticar os quatro princípios regulativos (não comer carne, peixe ou ovos; não praticar sexo ilícito; não tomar intoxicantes; e não praticar jogos de azar nem especulação mental, isso é, não raciocinar).
Os adeptos vivem em estruturas fechadas e devem obedecer cegamente ao guru. Após a morte de Prabhupada em 1978 a seita começou a declinar e se caracterizou por rupturas e escândalos produzidos por seus novos líderes. Tanto nos Estados Unidos como na Europa foram denunciados por suas técnicas de reforma de pensamentos e por tráfico de jóias e drogas.
Maçonaria
Sugere que Deus, o Grande Arquiteto, fundou a Franco-maçonaria, e que esta teve por patrões a Adão, os Patriarcas, os reis e filósofos de outrora. Inclusive Jesus Cristo é incluído na lista como Grande Mestre da Igreja Cristã.
Os maçons estão obrigados unicamente à observância da “lei moral” resumida praticamente nos princípios de “honra e honestidade” nos que ” todos os homens estão de acordo”. Esta “religião universal da Humanidade” que gradualmente elimina as acidentais divisões da humanidade devida a opiniões particulares “ou religiosas” , e aos “preconceitos” nacionais e sociais, deve ser o vínculo de união entre os homens na sociedade Maçônica, concebida como o modelo de associação humana em geral.
Meditação transcendental
O guru Maharishi fundou o grupo em 1958 e segundo seus próprios escritos não é uma religião mas que é uma técnica que serve para melhorar o estilo de vida através de recitar um mantra durante 20 minutos na manhã e posteriormente na tarde.
O momento de maior auge da MT deu-se em meados dos anos sessenta quando o popular grupo britânico “The Beatles” foram fotografados com o guru. Em pouco tempo, eles foram desiludidos de suas charlatanices e mentiras.
Missão da luz divina
O guru Maharaj Ji começou sua fama desde muito pequeno. Aos 13 anos e com apoio de sua família viajou ao Ocidente. Sua doutrina ensina a reencarnação e a prática de três exercícios para aproximar-se ao conhecimento do divino: a visão da luz divina, a escuta da música celestial, e a degustação do néctar divino.
O grupo que teve seu auge nos anos setenta começa a declinar em meados dos oitenta quando seu líder se casa com uma loura aeromoça e frente a oposição de sua mãe, este a expulsa do grupo. É famoso por viver na opulência e a grande quantidade e Rolls Royce que possui.
Igreja Universal do Reino de Deus
A Igreja Universal do Reino de Deus foi fundada por Edir Macedo no Brasil em 1977.
Antes de autoproclamar-se “bispo” Macedo trabalhou como caixeiro da loteria do estado do Rio de Janeiro. A igreja universal é similar a outros evangélicos pentecostais. Por exemplo acreditam na deidade de Jesus Cristo, a Trindade, a ressurreição corporal de Jesus Cristo e a salvação pela graça através da fé.
A doutrina central do “bispo” Macedo é a luta contra os demônios e a teologia da prosperidade. A Igreja Universal pratica a libertação de demônios nos fiéis. Em todos os seus templos se ora pela libertação de espíritos.
Mormons
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Últimos Dias, mais conhecidos como mormons, foi criada em 1823 por Joseph Smith nos Estados Unidos. Segundo Smith, um dia lhe apareceu um anjo chamado Moroni que lhe revelou a verdadeira história de Deus. O livro do Mormon resume sua principal doutrina, a qual é bastante confusa.
Desde um princípio os mormons tiveram problemas com a sociedade por aceita a poligamia e considerar a raça negra como inferior.
Para evitar as perseguições trasladaram-se a um deserto na zona oeste dos Estados Unidos, o que hoje se conhece como o estado de Utah.
Durante os anos setenta foram acusados de trabalhar para a CIA em todo o mundo e de ter participado na derrocada de Salvador Allende no Chile e do general Torrijas no Panamá.
Meninos de Deus
Os Meninos de Deus nascem em 1969 nos Estado Unidos. Seu fundador foi um pastor evangélico chamado David Berg. A doutrina do grupo baseia-se na Bíblia e a particular interpretação de seu líder, também conhecido como Moisés David ou Padre Mo. Odeiam o sistema, são apocalípticos e dão grande importância ao sexo, como presente de Deus.
Em 1972 começaram a ter problemas com a justiça norte-americana e posteriormente tiveram que passar à clandestinidade na maioria dos países ocidentais pelas denúncias de corrupção de menores e de prostituição.
Nova Era
As idéias e os objetivos da Nova Era recolhem elementos das religiões orientais, o espiritismo, as terapias alternativas, a psicologia trans-pessoal, a ecologia profunda, a astrologia, o gnosticismo e outras correntes. Os mistura e os comercializa de mil formas, proclamando o início de uma nova época para a humanidade.
Mas, no fundo, não parece ser mais que outra tentativa inútil do homem de se salvar fazendo promessas que não pode cumprir e atribuindo-se poderes que não possui.
Sai Baba
Sai Baba nasceu em Puttaparthi, um pequeno povoado da Índia, em 1920.
A história oficial relata que aos 13 anos anunciou que “não era humano, era a reencarnação de um santo maometano, chamado Sai Baba de Shirdi”.
O crescimento deste grupo deve-se em parte à linguagem light, não agressiva como outros grupos hindus. Sai Baba diz: “Todas as religiões são minhas. Vocês não têm necessidade de mudar de uma religião à outra, sigam adiante com seus próprios modos e suas práticas de adoração e quando assim o fizerem se aproximarão mais e mais a mim. A religião de Sai Baba é a essência de toda fé e toda religião, incluindo aquelas como o islamismo , o cristianismo e o judaísmo”.
Seitas satânicas
São poucos autores que dão uma definição de seita satânica, principalmente porque tais grupos apresentam uma diversidade de estilos.
Quiçá a definição mais exata seja que a seita satânica é um grupo minoritário de pessoas reunidas premeditadamente com o objetivos de adorar o demônio, como um ser com poderes sobrenaturais capazes de intervir no mundo.
Seus integrantes costumam ser principalmente pessoas com transtornos psicológicos e uma profunda rejeição à todas as instituições sociais estabelecidas: família, igreja, estado, etc.
Seitas ufonistas
Nos últimos anos um fato novo ronda o mundo sectário. A aparição de dezenas de grupos, alguns muito pequenos e outros claramente organizados, que a partir do fenômeno ufológico se estruturaram como seitas. Estes grupos em maior ou menor medida, afirmam que Jesus é um extraterrestre que vive confortavelmente em uma nave espacial, orbitando pela terra.
Entre outros grupos de maior atividade encontramos a Fundação Cosmobiofísica de Investigadores (FICI) de Pedro Romaniuk; o grupo alfa de Francisco Checchi, a Fundação para o Encontro Cósmico (FUPEC) que é presidida por Dante Franch; o comando Ashtar, fraternidade Cósmica que seguem ao italiano Eugênio Siragusa e Missão Rama do peruano Sixto Paz Wells.
Siloismo
Seu fundador é o argentino Mário Rodrigues Cobo, mais conhecido como Silo. O grupo começa a funcionar nos anos sessenta e através de sua história foi mudando de nome: Poder Jovem, A Comunidade, Partido Humanista, Partido Verde e desde 1988 como O Movimento.
A base teórica do siloismo consiste em praticar várias técnicas de autolibertação que levam a ‘reconciliar o passado, presente e futuro’ de cada pessoa. O adepto deverá realizar ‘experiências guiadas’ com um instrutor que consiste em exercícios de meditação que lhe permite reconciliar-se com o passado. Outra das experiências de meditação é encontrar-se com o ‘guia interno’ que deve ser construído e encontrado pelo próprio adepto.
O ‘guia’ deve ter três requisitos: “sabedoria, bondade e força”; não é um ser ‘físico’ e sua presença ‘só é sentida’ e para ser invocado deve ser chamado com uma ‘grande força emotiva’.
O siloismo expandiu-se por vários países latino americanos e europeus.
Testemunhas de Jeová
Charles Russell funda o grupo em 1872, ao romper com a Igreja Adventista. No princípio chamavam-se A Torre de Vigia e posteriormente Aurora do Milênio, adotando em 1931 o nome de Testemunhas de Jeová.
A doutrina dos Testemunhas é apocalíptica; anunciaram o fim d mundo em 1914, 1925, 1976 e 1984. Não acreditam na divindade de Jesus e rejeitam a imortalidade da alma. Desde seu nascimento tiveram problemas em diversos países por negarem-se a aceitar deveres cívicos e sociais, assim como em não aceitarem as transfusões de sangue.
Mantêm-se isolados da sociedade e para isso possuem uma extensa lista de proibições para os adeptos.
Fonte:7
ACIDIGITAL, Seitas de A a Z; Disponível em: <http://www.acidigital.com/seitas/algseitas.htm>. Acesso em: 02/03/2011
A Mentira:
“ O Papa João Paulo II Recebe Uma Marca na Fronte Colocada
por uma Sacerdotisa Pagã de Shiva”
Onde se Encontra:
http://www.espada.eti.br/n1161.asp
A Verdade:
Um texto maldoso colocado junto à uma foto inocente, muda completamente o sentido dos fatos. Não se impressionem com os capazes disto.
O Papa João Paulo II jamais teve qualquer marca na fronte, colocada por uma “sacerdotisa pagã de Shiva”.
Há uma foto do papa com a testa sendo ungida por uma mulher indiana, mas, ela era uma católica, e não uma “sacerdotisa pagã de Shiva”. Ela estava dando uma tradicional saudação indiana conhecida como "Aarati ", que não tem significado religioso mais do que um aperto de mão na cultura ocidental, ou alguém que dá uma coroa de flores como boas-vindas no Havaí.
Uma carta de 22 de novembro de 1994 do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, explica o costume e o seu papel na sociedade indiana:
"Índios católicos usam o " Aarati "quando uma criança volta para casa depois de receber a Primeira Comunhão, e quando um casal recém-casados são recebidos por suas respectivas famílias.”
Hoje em dia, o "Aarati " é frequentemente realizado para saudar o celebrante principal em um evento litúrgico, (como foi na ocasião que aparece na fotografia). Em tais ocasiões, o "Aarati" geralmente é oferecido por uma senhora casada católica, e certamente não por uma "sacerdotisa de Shiva", como foi alegado pelo mentiroso site evangélico e outros.
No link abaixo, podemos ver a tradução da programação papal para aquele evento, onde não consta qualquer “sacerdotisa hindú” e sim católicas e católicos, pois o evento era uma missa dentro da cultura indiana, e descreve assim o momento que tentaram distorcer:
“Durante a doxologia quando o Santo Padre toma o cálice e a patena com a hóstia, o Aarati, que é um sinal de veneração, será realizada por um grupo de jovens senhoras.”
http://search.vatican.va/news_services/liturgy/documents/ns_lit_doc_05111999_new-delhi_en.html
Os sites evangélicos “Espada Eti” e “CACP”, recentemente foram eleitos como os piores, por postarem inúmeros embustes, confira: http://setimodia.wordpress.com/2009/05/22/os-piores-sites-apologeticos-do-brasil/
O nosso querido JP II sempre foi sábio e sóbrio, e sempre respeitava a cultura dos povos, nos países onde levou a mensagem de Cristo.
Esta é a lição das Escrituras, que o Papa João Paulo II guardava, e o dono daquele site sem credibilidade não:
I Coríntios 9,
.
"20. Para os judeus fiz-me judeu, a fim de ganhar os judeus. Para os que estão debaixo da lei, fiz-me como se eu estivesse debaixo da lei, embora o não esteja, a fim de ganhar aqueles que estão debaixo da lei.
21. Para os que não têm lei, fiz-me como se eu não tivesse lei, ainda que eu não esteja isento da lei de Deus - porquanto estou sob a lei de Cristo -, a fim de ganhar os que não têm lei.
22. Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos.
23. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante. "
Imagine se o nosso João Paulo II, chegasse entre os daquela cultura condenando a todos, dizendo que eram hereges e iriam para o Inferno com suas idolatrias? Certamente não seria ele o portador do evangelho de Cristo, mas um vândalo das culturas dos povos. Hoje, graças a santa e correta conduta do nosso saudoso João Paulo II, é exatamente a Índia, um dos países onde a Igreja Católica mais cresce.
Somente a Índia, nos últimos 25 anos, ofereceu à Igreja Católica: quatro cardeais, 69 bispos, mais de 11 mil sacerdotes e 15 milhões de católicos.
Fonte dos dados: http://storico.radiovaticana.org/bra/storico/2005-10/53848_igreja_catolica_na_india_busca_adaptar-se_a_cultura_do_pais.html
Por Fernando Nascimento
O livro “O Espiritismo e as Igreja Reformadas” de Jayme Andrade, editora EME, quarta edição, capítulo VII, parte 3, diz que santo Agostinho escreveu:
"Não teria eu vivido em outro corpo, ou em outra parte qualquer, antes de entrar no ventre de minha mãe?”
('Confissões', I, cap. VI).
A Verdade: Em traduções diretas do latim, encontra-se: “E antes deste tempo, que era eu, minha doçura, meu Deus? Existi, porventura, em qualquer parte, ou era acaso alguém. Não tenho quem me responda, nem meu pai, nem minha mãe, nem a experiência dos outros, nem minha memória. (...)[não há nenhuma alusão à entrada no ventre]”?
(Confissões, da coleção “Os Pensadores”, vol. 6, Abril Cultural, 1973).
Vemos aí que houve má fé no texto do livro de Jayme Andrade, que repete versões inglesas onde se lê: “Was I, indeed, anywhere, or anybody? “[Estava eu, na verdade, em qualquer lugar, ou alguém?], o que mostra uma má tradução errada do termo “anybody”.
Estas duas versões têm sutis e cruciais diferenças: a primeira, do livro de Jayme é claramente reencarnacionista, ao passo que a segunda, não o é, mostrando tratar-se pura e simplesmente de um reles questionamento quanto a preexistência.
Santo Agostinho no trecho imediatamente antes, esclarece a dúvida quando questiona: “dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta ou se tal idade foi a que levei no seio da minha mãe?”. Esta dúvida sempre acompanhou santo Agostinho, que nunca se definiu como a favor ou contra a existência da alma antes do nascimento, preferindo assumir sua ignorância quanto à origem da alma:
“Pois você [Vincêncio Vítor] não apenas caluniou com sua censura os que são afligidos com a mesma ignorância sob a qual eu próprio estou penando, quero dizer, no que diz respeito à origem da alma humana (apesar de eu não ser absolutamente ignorante mesmo quanto a esse ponto, pois sei que Deus soprou a face do primeiro homem, e tal “homem então se tornou alma vivente” [Gn 2,7]”. ( Da Alma e Sua Origem, Livro IV, cap. III)
Ao contrário do herege Orígenes, que teve seus ensinamentos condenados pela Igreja, santo Agostinho jamais fomentou a reencarnação. A discordância entre ele e Orígenes fica patente numa carta a Optatus:
“Pois é impossível que sustentes a opinião de Orígenes, Prisciliano e outros hereges que, por causa dos atos cometido numa vida anterior, as almas são confinadas em corpos mortais e terrenos. Esta opinião é, na verdade, categoricamente contradita pelo o que o apóstolo de Jacó e Esaú que, antes de terem nascido, não cometeram nem o bem, nem o mal [Rom 9,11]." (Nota: Esta carta aparece como sendo a 144ª da coletânea de Jerônimo, que teria, na verdade, uma versão simplificada dela.)
J.R. Chaves no seu “Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, cap. VI até traz uma versão correta do texto de “Confissões”, de santo Agostinho, que sugere pré-existência, mas jamais reencarnação da alma. J.R. Chaves, militante do espiritismo, não perdeu tempo em também sapecar outra lorota, dizia:
“Santo Agostinho morreu em 430, ou seja, 123 anos antes de V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553), o qual, supostamente, teria condenado a reencarnação.”
Resposta: Pura calúnia! Santo Agostinho, mais de 123 anos antes de 553, já condenava o origenismo e suas almas que trocam de corpos, afinal fora contemporâneo à primeira crise origenista. Como vimos acima, ele questionava a pré-existência da alma, mas sempre adotou a vida única em estado mortal. Chaves deveria saber disso, pois um autor usado por ele – William Walker Atkinson, em “A Reencarnação e a Lei do Carma”, p. 47; uma página após falar de Justino – já falava da oposição de santo Agostinho ao origenismo.
E assim eles vão caluniando em favor da heresia do espiritismo, porque o Diabo é o pai da mentira.
O fato de os primeiros teólogos terem agido com tanta veemência na rejeição da reencarnação, pode ser tomado como sinal de que algum grupo ou seita um dia a aceitou, afinal a pagã cultura grega em que os primeiros cristãos estavam imersos admitia essa heresia que os ensinamentos de Jesus condenou.
“Está determinado que os homens morram uma só vez e logo em seguida o juízo.” (Hebreus 9,27). Você acredita em Deus ou nos espíritas?
Eis a verdadeira diretriz da Igreja para aqueles que estão no pecado grave que é o espiritismo:
"Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias, e não podem ser admitidos à recepção dos sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de fé". (1ª Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1953) in: Frei Boaventura Kloppenburg OFM "Espiritismo: Orientação para Católicos", 6a. edição, Ed. Loyola, cap.VII, p. 157)
Por Fernando Nascimento
Assunto: Imagem do blog universo ateu!
Venho por meio deste E-mail, pedir humildemente, uma explicação sobre a imagem que se segui no link da semelhança entre o que "deuses" fizeram antigamente e o que Nosso Senhor fez, usam datas como comparação e até mesmo a semelhança do Nosso Senhor tem uma mãe virgem, fazendo assim pré-supor que a existência do Nosso Senhor é apenas um mito, algo inventado e com base em outros deuses.
Peço-lhes desculpas desde já pelos erros de português deste E-mail.
Prezado N, J. Que a paz do Senhor esteja com você e com os seus.
Muito obrigado por depositar confiança em nosso humilde apostolado. Não se preocupe com erros de português, ninguém aqui é gramático também não (risos).
Mas bem, vamos ao que interessa.
A imagem que nos enviaste é mais um triste produto da indústria da desinformação tupiniquim. Passa longe, bem longe, da face histórica e arqueológica, e demonstra que foi feita por alguém ou mal intencionado ou muito ignorante mesmo, e é propagada por um site pseudo-ateu que não entende nada de ciência, o que dizer de religião? Todas essas acusações são retiradas do filme Zeitgeist. O filme começa com lista de deuses pagãos como Horus, Attis, Krishna, Dionísio e Mithra. E depois mostra a lista de detalhes de Cristo e em seguida, cruza com falsas histórias sobre esses deuses pagãos, a fim de criar a impressão de que o cristianismo é uma religião copiada.
Começaremos nossa refutação por algo que está na maioria dos “deuses” citados: A data do nascimento deles, que parece combinar com a data do nascimento do nosso Salvador. Depois partiremos para cada um dos deuses especificamente.
Ele cita que Hórus, Mitra, Dionísio também nasceram no dia 25 de dezembro. Ora de onde ele tirou isso?
O único desses deuses que supostamente nasceu em dezembro foi Mitra, porém não há nenhum registro histórico antigo sobre isso, algum ateu pode nos mostrar algum documento histórico que comprove isto? Hórus e Dionísio também não nasceram no dia 25 de dezembro não há nada que registre a data de nascimento desses deuses, isso demonstra total ignorância ou falta de honestidade mesmo dessa gente. Não há nenhum indício histórico ou arqueológico que qualquer um desses “deuses” tenha “nascido” no dia 25 de Dezembro.
È fato histórico claro que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro:
Façamos aqui uma reflexão do por que sabemos que Jesus nasceu em dezembro. Se ele nasceu mesmo nesta data então a sua concepção virginal ocorreu, obviamente 9 meses antes. E, com efeito, os calendários cristãos colocam no dia 25 de Março a Anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria. Mas sabemos pelo próprio Evangelho de S. Lucas que, precisamente seis meses antes, tinha sido concebido por Isabel, João, o precursor, que será chamado o Batista. A Igreja Católica não tem uma festa litúrgica para esta concepção, mas a Igreja do Oriente celebra-a solenemente entre os dias 23 e 25 de Setembro; ou seja, seis meses antes da Anunciação a Maria. Uma lógica sucessão de datas, mas baseada em tradições não verificáveis, não em acontecimentos localizáveis no tempo. Assim acreditávamos todos nós, até há pouquíssimo tempo. Mas, na realidade, parece mesmo que não é assim. De fato, é precisamente da concepção do Batista que devemos partir. O Evangelho de S. Lucas abre-se com a história do velho casal, Zacarias e Isabel, já resignado à esterilidade – considerada uma das piores desgraças em Israel. Zacarias pertencia à casta sacerdotal e, um dia, em que estava de serviço no Templo de Jerusalém, teve a visão de Gabriel (o mesmo anjo que aparecerá seis meses mais tarde a Maria, em Nazaré), o qual lhe anunciou que, não obstante a idade avançada, ele e a mulher iriam ter um filho. Deviam dar-lhe o nome de João e ele seria grande «diante do Senhor».Lucas teve o cuidado de precisar que Zacarias pertencia à classe sacerdotal de Abias e que quando teve a aparição «desempenhava as funções sacerdotais no turno da sua classe». Com efeito, no antigo Israel, os que pertenciam à casta sacerdotal estavam divididos em 24 classes, as quais, alternando-se segundo uma ordem fixa e imutável, deviam prestar o serviço litúrgico no Templo, por uma semana, duas vezes por ano. Já se sabia que a classe de Zacarias – a classe de Abias – era a oitava no elenco oficial.
Mas quando é que ocorriam os seus turnos de serviço? Ninguém sabia. Porém, o professor Shemarjahu Talmon, docente na Universidade Hebraica de Jerusalém, judeu portanto fonte imparcial, utilizando investigações desenvolvidas também por outros especialistas e trabalhando, sobretudo, com textos encontrados na Biblioteca essênia de Qumran. O estudioso conseguiu precisar em que ordem cronológica se sucediam as 24 classes sacerdotais. A de Abias prestava serviço litúrgico no Templo duas vezes por ano, tal como as outras, e uma das vezes era na última semana de Setembro. Portanto, era verosímil a tradição dos cristãos orientais que coloca entre os dias 23 e 25 de Setembro o anúncio a Zacarias. Mas esta verosimilhança aproximou-se da certeza porque os estudiosos, estimulados pela descoberta do Professor Talmon, reconstruíram a “fileira” daquela tradição, chegando à conclusão que esta provinha diretamente da Igreja primitiva, judaico-cristã, de Jerusalém. Esta memória das Igrejas do Oriente é tão firme quanto antiga, tal como se confirma em muitos outros casos. Eis, portanto, como aquilo que parecia mítico assume, improvisamente, uma nova verosimilhança – Uma cadeia de acontecimentos que se estende ao longo de 15 meses: em Setembro o anúncio a Zacarias e no dia seguinte a concepção de João; seis meses depois, em Março, o anúncio a Maria; três meses depois, em Junho, o nascimento de João; seis meses depois, o nascimento de Jesus. Com este último acontecimento, chegamos precisamente ao dia 25 de Dezembro; dia que não foi, portanto, fixado ao acaso ou adotado do paganismo.
Vamos então a refutação de “deus” por “deus”:
HÓRUS
“Nasceu no dia 25 de dezembro de uma mãe virgem, com uma estrela no oriente, foi apresentado por 3 reis, professor aos 12 anos, batizados aos 30, possuía 12 discípulos”.
Primeiro erro de todos, Hórus não nasceu de uma virgem, ele era filho de Osíris com Ísis. A afirmação de que a mãe de Hórus, Isis, era uma virgem é facilmente refutada com uma pesquisa rápida. - A Enciclopédia Mythica mostra que seu nascimento foi definitivamente sexual. Depois que seu pai Osíris foi assassinado por Seth, seu corpo foi cortado em pedaços, deixando Isis para recuperá-los e remontar o corpo de seu marido. Ela, então, “fecundando-se com corpo de Osíris e deu à luz a Horus nos pântanos de Khemnis no Delta do Nilo.”[1]
Segundo erro, Hórus nunca foi batizado! Não há nenhuma referência disso e Hórus não teve um “ministério”, ele “se tornou rei” após a Assembléia dos “deuses” decidir apoiá-lo contra Seth.
Terceiro erro, Hórus nunca ensinou nada a ninguém, nem muito menos aos seus 12 anos, ele permaneceu escondido durante toda sua infância, somente quando se tornou adulto ele se revelou e lutou contra Seth para vingar seu pai, Osíris.
Quarto erro, em nenhum lugar é relatado que Hórus foi apresentado por 3 reis.
Logo, como vemos, Hórus está bastante longe de Jesus.
MITRA
“Nasceu no dia 25 de dezembro, fazia milagres, possuía 12 discípulos morreu e ressuscitou após 3 dias.”
Primeiro, Mitra é uma divindade que tem origem da Pérsia. Nasceu do cruzamento do deus masculino Aúra-Masda com uma rocha, e não de uma virgem, como também o Filme insinua. Foi sincretizado pelos soldados romanos vindos do oriente com o deus “Solis Invictus”, surgindo a religião chamada “Mistérios de Mitra”.
Os mitras não deixaram textos, só imagens. Mitra jamais ressuscitou ao terceiro dia, mas sim sacrificou uma espécie de “touro sagrado” dentro de uma caverna. Franz Cumont, autor de um estudo clássico sobre a religião de Mitra, nos conta que deste sacrifício nasceriam todos os seres viventes. [2]
DIONÍSIO
“Nasceu no dia 25 de dezembro, fazia milagres, era rei dos reis, o alpha e o Omega e ressuscitou”.
Esse foi o pior de TODOS. O fabricante dessa mentira NÃO SABE NEM QUEM FOI DIONÍSIO. Acho que ele procurou no Google pelo nome Dionísio e achou aquela imagem e colou. Ali não é Dionísio o “deus” e sim Dionísio O Areopagita, um cristão discípulo de Paulo ou seja um pai da Igreja, que ele colocou como um “deus”, veja até onde chega a ignorância ateia a respeito de assuntos que eles querem “ensinar”.
Dionísio a divindade Greco-romana, que também era conhecido como Baco o “deus” do vinho, era representado por um jovem semi-nú ou totalmente nú, o que difere totalmente da foto postada pelo ateu, que é de um ancião de barba e vestido até na cabeça. Veja a foto da divindade pagã como era:
Segundo erro, ele nunca fez milagres. Muito pelo contrário, ele era conhecido por punir aqueles que não queriam adorá-lo, quando ele passava pelas cidades.
Terceiro erro, como é que ele poderia ser rei dos reis se na mitologia grega ele era filho de Zeus o maior de todos os deuses? Era perseguiu ele, como é que ele poderia ter sido rei dos reis, tendo várias pessoas acima dele?
Quarto erro, onde é que diz que ele era o alpha e o ômega se ele foi criado por Zeus? Como é que ele poderia ser o primeiro e o último se existiam vários na frente dele inclusive Zeus, que era o maior de todos?[3]
Quinto erro, na mitologia grego-romana os deuses são imortais como ele ressucitou se ele era imortal e nunca poderia morrer? Além do que nunca foi dito que algum deus grego tenha se tornado humano propriamente alguma vez.
ATTIS
“Nasceu de uma mãe virgem, crucificado e ressuscitou ao terceiro dia.”
Primeiro erro, Attis não era um homem, era uma mulher.
Segundo erro, não há notícia de que a mãe de Attis era virgem. A fecundação da mãe dela se deu depois que o “deus” Agdistis, que tinha nascido com os 2 órgãos sexuais, cortou o órgão masculino jogou na terra e caiu em uma amendoeira e depois que os frutos dessa amendoeira ficaram maduros , Nana , que era filha do deus-rio Sangarius pegou uma amêndoa e deitou no seu seio. Então ficou grávida de Attis. Logo ela nasceu de uma reprodução sexuada, nada haver com a concepção virginal de Maria.
Terceiro erro, Attis nunca foi crucificada ela era também um deus frígio de vegetação, e em sua auto-mutilação, morte e ressurreição, ela representa os frutos da terra, que morre no Inverno só para subir novamente na primavera. Ou seja ela se mutilava, suicidava e resurgia. [4]
KRISNA
“Nasceu de uma mãe virgem com uma estrela no oriente. Fazia milagres e ressuscitou.”
Primeiro erro, essa divindade não nasceu de mãe virgem, ela era filha de um homem e mulher.Krishna era da família real de Mathura e o oitavo filho da princesa Devaki e do marido Vasudeva, um nobre da corte.
Segundo erro, não a nenhum relato de tal estrela.
Terceiro erro, não há nenhum relato de nenhuma ressurreição dela.
CONCLUSÃO
Como podemos constatar, nenhum desses “deuses” Pagãos tem nada haver com O NOSSO SALVADOR. O fato de uma semelhança ou outra como a data do nascimento, nada tem a dizer contra o cristianismo. Além do que NENHUM deus pagão se compara ao nosso Cristo se partimos para comparar as características. NENHUM “deus” pagão entregou sua vida pelos seus, NENHUM “deus” pagão prometeu vida eterna, NENHUM “deus” pagão se desfez de sua suposta “divindade” para habitar na terra como homem e morrer por eles pregado no madeiro. NENHUM “deus” pagão revolucionou o mundo como o NOSSO VERDADEIRO E ÚNICO DEUS. JESUS É ÙNICO, não se pode compará-lo.
Mais uma vez chegou ao fim a validade do produto da indústria da desinformação.
“Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Tendo nos ouvidos o desejo de ouvir novidades, escolherão para si, ao capricho de suas paixões, uma multidão de mestres. Afastarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas”. (2Tim 4,3-4).
“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo 8:44)
BIBLIOGRAFIA
[1] ENCICLOPÉDIA Mítica, Dionísio. Disponível em: <http://www.pantheon.org/articles/i/isis.html>. Acesso em: Acesso em: 07/01/2012.
[2] ARENDZEN, J. (1911). Mithraism. In The Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company. New
Advent, Disponível em: <http://www.newadvent.org/cathen/10402a.htm>. Acesso em: 07/01/2012.
[3] ALGO, Sobre. Dionísio. Disponível em : <http://www.algosobre.com.br/mitologia/dionisio.html>. Acesso em: 07/01/2012
[4] ENCICLOPÉDIA, Britanica Attis, Disponível em: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/42255/Attis&usg=ALkJrhjKjMdHIHA-47Z-kk6TSns_aajh8g>. Acesso em: 07/01/2012.